The dark side of progress [EN/PT]

View this thread on: d.buzz | hive.blog | peakd.com | ecency.com
·@xlety·
6.871 HBD
The dark side of progress [EN/PT]
<div class="text-justify">
<sub><strong>Se preferir ler esse conteúdo em Português, <a href="#anchorlink">clique aqui.</a></strong></sub>

<center><img src="https://files.peakd.com/file/peakd-hive/xlety/23uQy1XzUYnWju4RRajac9JYFKy1dCKXNoAZFHTtXKTZv5skff86uv4nEL6tS6rBxLSwz.png" alt="$1"></center>

---
<strong>[EN]</strong>

I love science. This “thing” that unravels atoms and galaxies, cures once incurable diseases, and connects us virtually across fifty time zones. But along this fascination, we come to realize that there is no progress without a shadow. There is, indeed, a side of science that makes me uneasy — where its achievements lose empathy and run the risk of turning against us.

I think, for example, about the unchecked advance of biological weapons. Laboratories turning harmless microorganisms into potential agents of mass destruction. I do not agree with the ambition to control life down to the smallest detail when that means manipulating viruses or bacteria for military or intimidation purposes. Good science should heal, educate, and liberate; when it is trained to harm, it becomes antithetical to the very concept of “progress.”

The same logic applies to technologies that promise to solve everything but are used as tools of domination. When science loses its original intention of collective benefit, it becomes an instrument of control.

I also feel a certain discomfort with overspecialization. I do not question the value of knowledge, but I fear that so much detail distances us from a global understanding. When we focus on microcosms, we risk losing sight of the whole.

Often, there is a lack of dialogue between fields. Physicists don’t talk to biologists, who don’t talk to philosophers, and so on. This weakens science as a collective construction, making it segmented and, in some cases, alienated.

Along the same lines, I am disturbed by the indiscriminate use of algorithms. They filter news, choose what I see, and often reinforce my unconscious biases. Computer science creates intelligences that, instead of broadening horizons, ride on our insecurities, selling clothes, ideas, and medical diagnoses that may not even be necessary.

And here comes the question: to what extent are our desires authentic, and to what extent are they programmed by invisible authors?

Another development that does not please me is the escalation of surveillance technology. And it is not surprising that some of the greatest scientific risks come from industrial greed itself. The extraction of minerals for electric car batteries has already destroyed entire communities in rural areas of poor countries. Science made electric mobility possible, but it also sponsored environmental destruction and human violence. It is a harsh reminder: every advance has a price we pay.

These impacts are not always deeply debated. Sometimes, the shine of innovation blinds us to the pain it causes in other parts of the world.

So, yes, I question what we call progress. Science itself is not evil — it is neutral, a tool shaped by human hands. That is why I believe the real challenge lies in demanding more ethics, more dialogue, and more listening to make less impulsive decisions. Who wins? Who loses? What legacy will we leave?

I keep thinking that we need to slow down. Look around. Include other voices, not only scientists but also impacted communities, traditional peoples, and ordinary people.

It is not enough to calculate satellite trajectories; we need to learn to balance knowledge and responsibility. It is not enough to sequence genomes; we must protect the dignity of every life. And above all, it is not enough to celebrate the power of reason without loving, respecting, and caring for those who depend on it.

<center><sub>
<strong>All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by [Canva](https://www.canva.com/).</strong></sub></center>
---
<center><a href="https://linktr.ee/xlety"><img src="https://files.peakd.com/file/peakd-hive/xlety/23wgD6NUFGqVwYLLqACVfzsjwfXnCyygna7Yfh4tkPdeXS9tsSLdX2B1N6e533KUW41Mt.png" alt="darling.png"></a>
</center>

---

<strong><a id="anchorlink">[PT]</a></strong>

Eu amo a ciência. Essa 'coisa' que desvenda átomos e galáxias, cura doenças outrora incuráveis e nos conecta virtualmente a cinquenta fusos-horários de distância. Mas, ao longo desse fascínio, a gente descobre que não há progresso sem sombra. Existe, sim, um lado da ciência que me provoca desconforto, onde suas conquistas perdem a empatia e correm o risco de se voltar contra nós mesmos.

Penso, por exemplo, no avanço sem freios das armas biológicas. Laboratórios transformarem microrganismos inofensivos em potenciais agentes de destruição em massa. Não concordo com a ambição de dominar a vida nos mínimos detalhes quando isso significa manipular vírus ou bactérias para fins militares ou de intimidação. A boa ciência deveria curar, educar e libertar; quando ela é treinada para ferir, torna-se antitética ao próprio conceito de “progresso”.

Essa mesma lógica vale para tecnologias que prometem resolver tudo, mas que são usadas como ferramentas de dominação. Quando a ciência perde sua intenção original de benefício coletivo, ela vira um instrumento de controle.

Também sinto um certo desconforto diante da superespecialização. Não questiono o valor do conhecimento, mas temo que tanto detalhe nos afaste da compreensão global. Quando nos concentramos em microscosmos, corremos o risco de perder a noção do todo.

Muitas vezes, falta o diálogo entre áreas. Físicos não conversam com biólogos, que não conversam com filósofos, e assim por diante. Isso fragiliza a ciência como construção coletiva, tornando-a segmentada e, em alguns casos, alienada.

Na mesma linha, me perturba o uso indiscriminado de algoritmos. Eles filtram notícias, escolhem o que eu vejo e, muitas vezes, reforçam meus vieses inconscientes. A ciência da computação cria inteligências que, em vez de ampliar horizontes, cavalgam sobre nossas inseguranças, vendendo roupas, ideias e diagnósticos médicos que podem nem ser necessários.

E aí entra a questão: até que ponto nossos desejos são autênticos e a que ponto são programados por autores invisíveis?

Outro avanço que não me agrada é a escalada da tecnologia de vigilância. E não é de se surpreender que alguns dos maiores riscos científicos venham da própria ganância industrial. A extração de minerais para baterias de carros elétricos, que já destruiu comunidades inteiras em zonas rurais de países pobres. Foi a ciência que viabilizou a mobilidade elétrica, mas também a que patrocinou desmontes ambientais e violências humanas. É um lembrete duro: todo avanço tem um preço que pagamos.

Esses impactos nem sempre são debatidos com profundidade. Às vezes, o brilho da inovação ofusca a dor causada por ela em outras partes do mundo.

Então, sim, questiono o que chamamos de progresso. A ciência, em si, não é maligna — ela é neutra, uma ferramenta moldada pelas mãos humanas. Por isso, acredito que o verdadeiro desafio está em exigir mais ética, mais diálogo e mais escuta para tomar decisões menos impulsivas. Quem sai ganhando? Quem sai perdendo? Qual é o legado que deixaremos?

Fico pensando que precisamos desacelerar. Olhar ao redor. Incluir outras vozes, não apenas as dos cientistas, mas também as de comunidades impactadas, povos tradicionais e pessoas comuns.

Não basta calcular trajetórias de satélites; precisamos aprender a equilibrar conhecimento e responsabilidade. Não basta sequenciar genomas; é preciso proteger a dignidade de cada vida. E, acima de tudo, não basta celebrar o poder da razão sem amar, respeitar e cuidar daqueles que dela dependem.

<center><sub>
<strong>Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com [Canva](https://www.canva.com/).</strong></sub>
---

<a href="https://linktr.ee/xlety"><img src="https://files.peakd.com/file/peakd-hive/xlety/23wgD6NUFGqVwYLLqACVfzsjwfXnCyygna7Yfh4tkPdeXS9tsSLdX2B1N6e533KUW41Mt.png" alt="darling.png"></a>
</center>
</div>
👍 , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,